Detalhes sobre a cidade de Feliz
Apesar dos vários motivos que podem ter levado o município a se chamar Feliz, uma das histórias é a mais aceita:
Por volta de 1850, uma comitiva, sob o comando do engenheiro Afonso Mabilde, foi incumbida de abrir um caminho através da Mata dos Pinhais e o Campo do Bugres (Caxias do Sul) até os campos de criação de gado em Vacaria. O grupo atravessou o Rio das Antas com uma canoa, usando uma embarcação de ligação com os já ocupados campos de Vacaria. Uma enchente teria arrasado a canoa e o grupo de homens se viu obrigado a retornar ao sul. Depois de ficarem por muitos dias presos na mata, sofrendo com a fome e os perigos, finalmente teriam encontrado a casa de um colono e saudado este encontro com a exclamação: "Oh, Feliz!". Em lembrança deste fato, a nova picada recebeu o nome de Feliz.
O início da colonização ocorre em 1846 com colonos provenientes das colônias mais antigas, como Dois Irmãos e São José do Hortêncio. Também no mesmo ano imigrantes alemães, vindos principalmente da região de Hunsrück, que compreende uma significativa parte do estado de Rheinland-Pfalz e considerável parte do norte do estado de Saarland, estado, este, que faz divisa com a França.
Em 1851 contava com 85 famílias.
Geografia
O município possui uma área de 256,9 km² e uma população de aproximadamente 13.000 habitantes. Localiza-se ao pé da serra gaúcha, a 37 km de Nova Petrópolis e 54 km de Caxias do Sul, estando a uma altitude aproximada de 120 metros acima do nível do mar.
População
Sua população é 80% de origem alemã, 10% de origem italiana e 10% de outras origens. Os traços da cultura germânica são explícitos em muitos pontos, como na arquitetura, culinária e, mais do que em qualquer lugar, nos traços étnicos dos felizenses. Porém, além dos germânicos, há também descendentes de italianos, poloneses, portugueses, suíços, austríacos, entre outras etnias minoritárias.
Uma intensa e evidente característica do município é a força que tem o idioma alemão, que prevalece tanto na zona urbana quanto na zona rural, onde ainda é possível encontrar moradores que falam apenas a língua germânica, especialmente o dialeto Hunsrückisch - também conhecido como Riograndenser Hunsrückisch -, originado e falado na região de Hunsrück, no sudoeste da Alemanha, e nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, no sul do Brasil. Vale ressaltar que há, ainda, vários dialetos similares ao Hunsrückisch tanto na Alemanha quanto no Brasil, como na região de Pomerode, em Santa Catarina.
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