Detalhes sobre a cidade de Uauá
No século XVIII, em terras que pertenciam à Casa da Torre, em terras de Garcia D’Ávila, o português Guilherme Costa, à procura da melhor área com o terreno próprio para a cultura de criação de gado, instalou-se às margens do Vaza-Barris, iniciando a organização de uma fazenda a que deu o nome de Uauá, em virtude de uma sequencia de denominações indígenas dadas aos municípios circunvizinhos e, também por conta da grande quantidade de pirilampos existentes na localidade. Sendo a fazenda vendida a Pedro Rabelo de Alcântara que a transferiu a Francisco Ribeiro. Este, por sua vez, transformou-a numa florescente povoação, mandando construir casas para alojar o grande número de colonos que chegavam atraídos pelas inúmeras vantagens que o lugar oferecia principalmente para o criatório. Francisco Ribeiro era casado com D. Joana Rodrigues, também responsável pelo projeto de construção da primeira capela, denominada Capelinha Senhor do Bonfim (a qual ainda existe). “Mesmo não dispondo da escritura de origem, sabe-se que Uauá teria sido, primeiramente, vendido a Manoel Rabelo de Alcântara, que o transferiu, posteriormente, a Francisco Ribeiro, casado com D. Joana Rodrigues.” “Coronel Jerônimo Rodrigues Ribeiro” Em 1896, o já povoado de Uauá, em pleno desenvolvimento foi palco da primeira batalha da Guerra de Canudos, sendo quase dizimado em combates entre a Companhia do 9º Batalhão de Infantaria do Exército Nacional, que rumava para Canudos, comandada pelo 1º Tenente Manoel Pires Ferreira e os sertanejos partidários de Antônio Conselheiro. Em 1905, já recuperada dos danos sofridos pela Guerra de Canudos, a localidade foi elevada a categoria de arraial, como sede de distrito do município de Monte Santo, pela Lei Estadual número 590, de 8 de julho. Após 21 anos numa cerimônia acalorada e entoada pela Filarmônica 15 de Novembro, comemorou-se a conquista da autonomia política e administrativa, pela qual se firmava a decisão de seus líderes de tornarem Uauá emancipado de Monte Santo, fazendo-o município. Numa atitude aguerrida, do deputado Cícero Dantas Martins, liderança em prol do desenvolvimento do sertão, quando apresentou o projeto de lei a Assembléia Legislativa do Estado da Bahia – Lei Estadual número 1.866, de 9 de julho de 1926 elevando sua sede à categoria de vila, criou o município com a mesma denominação e com o território desmembrando de Monte Santo, ocorrendo sua instalação em 28 de setembro do mesmo ano. A sua composição administrativa, de acordo com a Lei 628, de 30 de dezembro de 1953, foi constituída de três distritos: Uauá, Caldeirão do Almeida e Serra da Canabrava. Uauá deve ainda, ao Coronel João Borges de Sá, sua ascendência, evolução e, principalmente, a sua emancipação política, quando se desmembrou do município de Monte Santo. Marcou também a História de Uauá, a passagem da Coluna Prestes deixando rastros de malefícios e de pavor em 1927. E logo depois, em 1928, foi trincheira e coito de Lampião e seus cangaceiros. Além de se instalar, na casa de Davi Ferreira, uma das volantes que os perseguiam, uma vez que eram mais temidas pela população do que os próprios cangaceiros.
Fatos Históricos
Local da queda do meteoro do Bendegó – O Meteorito de Bendegó, o maior e o mais famoso dos meteoritos encontrados no Brasil, encontra-se, atualmente, em exposição no Museu Nacional do Rio de Janeiro. O referido meteorito foi encontrado em 1874 por Joaquim Bernardino da Mota Botelho, no interior do Estado da Bahia hoje município de Uauá. O ponto de queda está localizado a 37 quilômetros da cidade de Uauá e a 180 metros do riacho Bendegó, que daria nome ao meteorito.
1º Combate da Guerra de Canudos – Uauá foi palco do primeiro combate da guerra de Canudos ocorrido no dia 21 de outubro do ano 1896, evento historicamente marcado na memoria do Brasil.
Geografia
Sua população estimada em 2004 era de 26.840 habitantes.
Economia
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