Detalhes sobre a cidade de Paramirim
A primeira penetração ocorrida no território deste município deu-se em cosequência da colonização e exploração das Minas do Rio de Contas, no Município de Rio de Contas, quando portugueses e brasileiros, seguindo pelas margens do Rio Brumado, cujas nascentes controvertem no Pico das Almas com as do Rio Paramirim, lograram acesso às Minas do Ouro do Morro do Fogo, nas proximidades do Vale do Paramirim, onde se encontra localizada hoje a cidade deste nome.
Assim, surgiram, nos princípios do século XVIII, os primeiros habitantes desta região, os portugueses Manoel José Pereira, Tenente Valéro Manoel Viana Luís Ribeiro de Magalhães, Antônio Ribeiro de Magalhães e Manoel Marques Vilela, e os brasileiros Antônio da Rocha Bastos e José da Rocha Bastos. Além das exportações de minérios, eles começaram a incentivar a agricultura e a pecuária, organizando as primeiras fazendas do território, como a da Cachoeira, a da Conceição, a Santa Apolônia e Fazenda Pires.
Em 1820, no mês de Janeiro, Florêncio da Rocha compra ao Conde da Ponte as terras de Pau de Colher, e Manoel Joaquim Pereira de Castro as da Fazenda Poções, ao mesmo Conde, pela quantia, naquele tempo, de Rs 145$000,00 (cento e quarenta e cinco mil réis), cujo pagamento foi realizado em quatro prestações de Rs 36$250,00 (trinta e seis mil, duzentos e cinquenta réis). Começa assim, o ajustamento humano que deu início à povoação denominada Arraial do Morro do Fogo, que seria, mais tarde, a Cidade de Paramirim.
Aspectos legais
Pela Resolução número 200, de 29 de maio de 1843, a capela existente no Arraial foi elevada à categoria de Freguesia com o nome de Nossa Senhora do Carmo do Morro do Fogo.
Com o progresso verificado no Arraial de Água Quente, em virtude da presença nele de fontes de águas termais e que fora fundado em terras da fazenda pertencente ao Coronel Liberato José da Silva, foi para esse Arraial transferida a sede de Freguesia do Morro do Fogo, pela Resolução Provincial número 1.460, de 23 de março de 1875.
Água Quente, sede da Freguesia do Morro do Fogo, foi elevada à categoria de Vila de Água Quente, pela Lei Provincial número 1.849, de 16 de setembro de 1878, que criou o Município do mesmo nome, formado pelos territórios das Freguesias do Morro do Fogo e São Sebastião de Macaúbas. Entretanto, o Município não foi investido de fato nessa categoria por ter a Lei número 1.849, que o criou, sido revogada pela Resolução Provincial número 2.236, de 6 de agosto, que elevou a capela dedicada a Santo Antônio, localizado no Arraial do Ribeiro, que era Freguesia da Nossa Senhora do Morro do Fogo, à categoria de Freguesia, com o nome de Santo Antônio.
Em virtude de Ato Estadual, datado de 24 de março de 1890, o município foi restaurado com território desmembrado do de Minas de Rio de Contas, intindo-se na posse de tal direito a 23 de maio do ano seguinte.
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